“de mentirinha”

“de mentirinha”

 

Triste em meu canto

Enxugando meu pranto

Eu encontrei você

Estava feliz

Consolando me diz:

 

– Veja no céu,

querida maninha,

muitas estrelas

grandes… pequenas

nem suas, nem minhas

 

– Dar-te-ia todas

se pudesse pegá-las

estão tão altas

não posso alcançá-las

 

Fechamos os olhos

Fingindo voar

Chegamos até lá

Prometendo voltar já

 

E no avião

Da imaginação

Voltamos depressa

Com estrelas na mão

 

Depois resolvemos

Libertar todinhas

Como é belo sonhar

“de mentirinha”

Voar

Voar

 

Triste em meu canto

Enxugando meu pranto

Eu encontrei você

Estava feliz

Consolando me diz:

 

– Veja no céu

querida maninha

muitas estrelas

grandes… pequenas

nem suas, nem minhas

 

– Dar-te-ia todas

se pudesse pegá-las

estão tão altas

não posso alcançá-las

 

Fechamos os olhos

Fingindo voar

E de mentirinha

Chegamos até lá

Voltamos já já…

O caracol

O caracol

 

Os pássaros todos felizes

Por verem um novo dia

Voando de galho em galho

Cantavam suave melodia

 

Nas montanhas as pedras brilhavam

Sob os raio do sol que sorria

As formigas trabalhavam

Nas folhas da melancia

 

Mas quem não gostou foi o caracol

Debaixo da pedra, apavorado:

– Tenho que sair depressa daqui

– Ou vou acabar morrendo torrado

 

A minhoca sugeriu:

– Venha pra debaixo do chão

– Aqui a temperatura é amena

– Não há predador, nem vilão

 

Apesar da boa vontade da minhoca

A cova era por demais pequena

Não cabia a casa do caracol

Muito menos a sua antena

Trovas IV

Trovas IV

 

Lá no alto

Vão as nuvens voando sem fim

Levam recadinhos,

Aos meus netinhos

– Não se esqueçam de mim

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Veio a tempestade

Que medo! Preocupação…

Não foi nada. Apenas trovão!

Cheia de tristeza… esperança…

Vem a alegria… bonança

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Meu coração sofre tanto

Vem enxugar meu pranto

Por que sofro assim?

Gostaria de ser uma pedra

Fincada na terra

No meio de um jardim

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