Trovas VI

Trovas VI

 

Os grilos cantam

Os sapos coaxam

Numa música só

A coruja pia

E o gato mia

De fazer dó

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sem criança

não haveria

nem esperança

nem poesia

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Oito anos

Que simplicidade

Que flor perfeita

Que bela idade

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Abelha de flor em flor

Formiga de galho em galho

Atentas, muito contentes

Realizam os seus trabalhos

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Sonho puro

Suave doçura

Nuvens brancas

Lírio de candura

Amor sem fim

Amor sem fim

 

O amor é lindo

Viver sorrindo

Como é bom o amor!

Tudo se esquece

Nada aborrece

Mesmo na dor

Sonho e mais sonho

Tudo risonho

– é bom amar! –

Amor a dois

É todo encanto

É flor do campo

A desabrochar

 

Viver juntinho

Dividindo carinho

Eternamente amar

 

Se todos vivessem

Um amor assim

Ele nunca teria fim

A saudades dói

A saudades dói

 

Noite serena

O belo luar

Ilumina o orvalho

Na folha a brilhar

 

Amanhece o dia

O pássaro a cantar

Melodia suave

Nos faz meditar

 

Na pessoa amada

Nas coisas belas

Nos dias felizes

Nas noites de estrelas

 

No amor, na vida

Numa grande amizade

De repente sem avisar

Chega doída a saudades

Meu amor

Meu amor

 

Sorrindo, cantando

A vida levando

E sempre lembrando

Que assim deve ser

Pois quem dá alegria

Espalha harmonia

E ensina a viver

 

Na noite tão bela

admirando a estrela

No céu a brilhar

Vejo o vaga-lume

Sentindo o perfume

Das flores ao luar

 

Quem dera agora

Ver sem demora

O meu amor

Daria:

A luz do vaga-lume

Da flor o perfume

Do sorriso o ardor.

“de mentirinha”

“de mentirinha”

 

Triste em meu canto

Enxugando meu pranto

Eu encontrei você

Estava feliz

Consolando me diz:

 

– Veja no céu,

querida maninha,

muitas estrelas

grandes… pequenas

nem suas, nem minhas

 

– Dar-te-ia todas

se pudesse pegá-las

estão tão altas

não posso alcançá-las

 

Fechamos os olhos

Fingindo voar

Chegamos até lá

Prometendo voltar já

 

E no avião

Da imaginação

Voltamos depressa

Com estrelas na mão

 

Depois resolvemos

Libertar todinhas

Como é belo sonhar

“de mentirinha”

Eu quero…

Eu quero…

 

E… de repente

Vi entre as nuvens

Estrelas… estrelas…

Grandes, pequenas, coloridas

Todas tão belas!

 

Eu quero

Que cada estrela

Seja um anjo

– um anjinho –

Protegendo sempre

O seu o meu caminho

 

Eu quero

Que o seu e o meu coração

Sejam fartos e sinceros

Para alcançar

O que você  quer

O que eu quero

 

E, em particular espero

Muito em breve, conseguir

Que em todo mundo, as crianças

Vivam a sorrir

Realizando  suas esperanças

Mãe

Mãe

 

Quem é que me ama

Sem nada querer?

– És tu,  mãezinha!

E sempre hás de ser

És para mim

A flor mais bela

A gota de orvalho

Que brilha ao luar

A voz singela

Que a todos ensina

A arte de amar

Nos teus braços

Me sinto menina

És a luz dos meus olhos

És do lar a rainha

És o raio de sol

Que aquece e ilumina